sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Mestre (The Master)


Direção: Paul Thomas Anderson
País: EUA
Ano: 2013




O diretor Paul Thomas Anderson tem uma breve carreira cinematográfica e já é considerado um dos maiores cineastas da atualidade. Não é por menos, em sua cinematografia temos Boggie Nights, Magnólia (meu preferido), Embriagado de Amor, Sangue Negro e agora, após seis anos O Mestre.


O Mestre conta a estória do início da seita religiosa chamada de Cientologia. Seita a qual possui muitos adeptos hollywoodianos, inclusive Tom Cruise. Freddie Quell (Joaquin Phoenix) marinheiro que ao fim da 2ª Guerra Mundial, fica pulando de trabalho em trabalho criando confusões e se embriagando. Até um dia em que ele se depara com Lancaster Dodd, (o Mestre) (Philip Hoffman), que cria a Cientologia e vê em Freddie uma ótima cobaia para seus experimentos que misturam de certa forma hipnose com viagens interplanetárias através da mente.


Paul T. Anderson, trabalha bem seus personagens; em quase toda primeira hora do filme só é mostrado a trajetória de Freddie, após o termino da guerra. O filme enfoca bem a situação dos soldados que ficam perdidos quando os conflitos se acabam. Joaquim Phoenix faz uma interpretação de marcar sua carreira, dá prazer em vê-lo neste papel, sempre corcunda e com as mãos na cintura em uma posição de dúvida e ao mesmo tempo imprevisível; assim como Hoffman que deixa suas veias faciais saltarem quando seu personagem se irrita.
Toda a parte técnica do filme é impecável; cenas e cortes delicados, dando grande enfoque para a interpretação dos atores, que é o “carro chefe” do longa. A trilha sonora composta por Jonny Grennwood (guitarrista do Radiohead), que trabalhou junto a P. T. Anderson em Sangue Negro, seguindo a mesma linha do filme anterior é impossível deixar de notar. 


A criação de tal seita e a relação de ambos os personagens (Freddie e Lancaster) é o tema de todo o longa, cenas marcantes que misturam comédia, drama, violência e imprevisibilidade, tornam O Mestre em uma verdadeira obra de arte. 

Gustavo Halfen

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