Direção: Paul Thomas Anderson
País: EUA
Ano: 2013
O diretor Paul Thomas Anderson tem uma breve carreira
cinematográfica e já é considerado um dos maiores cineastas da atualidade. Não
é por menos, em sua cinematografia temos Boggie Nights, Magnólia (meu
preferido), Embriagado de Amor, Sangue Negro e agora, após seis anos O Mestre.
O Mestre conta a estória do início da seita religiosa
chamada de Cientologia. Seita a qual possui muitos adeptos hollywoodianos, inclusive Tom Cruise. Freddie Quell (Joaquin
Phoenix) marinheiro que ao fim da 2ª Guerra Mundial, fica pulando de trabalho
em trabalho criando confusões e se embriagando. Até um dia em que ele se depara
com Lancaster Dodd, (o Mestre) (Philip Hoffman), que cria a Cientologia e vê em
Freddie uma ótima cobaia para seus experimentos que misturam de certa forma
hipnose com viagens interplanetárias através da mente.
Paul T. Anderson, trabalha bem seus personagens; em quase
toda primeira hora do filme só é mostrado a trajetória de Freddie, após o
termino da guerra. O filme enfoca bem a situação dos soldados que ficam
perdidos quando os conflitos se acabam. Joaquim Phoenix faz uma interpretação
de marcar sua carreira, dá prazer em vê-lo neste papel, sempre corcunda e com
as mãos na cintura em uma posição de dúvida e ao mesmo tempo imprevisível;
assim como Hoffman que deixa suas veias faciais saltarem quando seu personagem
se irrita.
Toda a parte técnica do filme é impecável; cenas e cortes
delicados, dando grande enfoque para a interpretação dos atores, que é o “carro
chefe” do longa. A trilha sonora composta por Jonny Grennwood (guitarrista do
Radiohead), que trabalhou junto a P. T. Anderson em Sangue Negro ,
seguindo a mesma linha do filme anterior é impossível deixar de notar.
A criação de tal seita e a relação de ambos os personagens
(Freddie e Lancaster) é o tema de todo o longa, cenas marcantes que misturam
comédia, drama, violência e imprevisibilidade, tornam O Mestre em uma
verdadeira obra de arte.
Gustavo Halfen
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