Direção: Willian Friedkin
País: EUA
Ano: 2011
A princípio, ao olhar para a capa
e o título de Killer Joe, nos remete obviamente a mais um filme de ação hollywoodiano,
a diferença é quem está da direção: Willian Friedkin, o famoso diretor de um
dos filmes mais polêmicos do cinema, O Exorcista (The Exorcist, 1973). Todas as obras de Friedkin vão ao limite do
caos e, em Killer Joe não é diferente. Na capa temos um frango empanado no
formato do estado do Texas, e você, caro leitor, não tem ideia de onde estes
símbolos/objetos irão se encontrar.
Na trama temos Chris (Emile
Hirsch) e seu pai Ansel (Thomas Haden Church) contratando o matador de aluguel
Joe Cooper (Matthew McConaughey) para matar sua própria mãe e dividirem seu
seguro de vida. Porém, como garantia, Joe exige uma noite com a irmã de Chris,
a doce e pura Dottie (Juno Temple). A partir disto temos uma rede de intrigas e
farsas que levarão o ser humano aos seus maiores pesadelos.
Willian Friedkin brinca com os tabus e debocha do
estilo de vida estadunidense. Seu filme foge do cenário comercial, a violência
extrema é tão exagerada que caminha entre a comédia e o trash. A desconstrução do modo de vida “americano” é representado
pelo próprio frango da capa; enquanto que Dottie, a garotinha de 12 anos nos
remete a pureza esperançosa que temos ainda no homem, porém neste povo
marginalizado que mata a mãe e vende a irmã, fica difícil achar um herói, e
confiar em alguém é enganar a si próprio.
Gustavo Halfen
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