Direção: Rolf de Heer
País: Australia ,
Itália
Ano: 1993
O diretor holandês Rolf de Heer, em seu quarto filme
nos propõe uma análise sobre inúmeros princípios éticos e morais que a
sociedade nos impõe; do incesto aos padrões de beleza, temos um drama recheado
de humor negro, lembrando muito o longa Underground de Emir Kusturica, que para muitos vai além de um tapa na cara, ou melhor, um soco
no estômago.
Na trama, temos Bubby (Nicholas Hope), que devido ao
excessivo controle de sua mãe, é mantido preso em uma casa há 35 anos, sem
nunca ter saído; convencido pela mãe que o ar lá fora é contaminado e só é
possível sair de máscara. Assim sua progenitora inventou diferentes conceitos
para mantê-lo trancafiado sem questionamentos. Bubby acredita que Jesus está
observando tudo o que ele faz e queimará no inferno se desobedecer sua matriarca.
Incesto é algo comum para o rapaz, que frequentemente transa com a mãe e tem
uma obsessão pelos grandes seios dela. A violência também é corriqueira, sua
mãe não hesita em usá-la para impor medo em Bubby, que acaba descontando em seu
gato de estimação.
Após alguns acontecimentos, Bubby acaba saindo de sua
“prisão” e descobre que no mundo lá fora não existe perdão. Despreparado para
viver em sociedade, Bubby enfrenta situações onde ora é vítima, e ora é culpado; dando referência à Alex ao sair do tratamento "inovador" em Laranja Mecânica (Clockwork Orange, 1971).
Com o tempo percebe que as religiões e Deus são invenções humanas e só atrasam
o progresso, e passa a lutar por isso. Sua paixão por mulheres gordas,
diferente dos padrões de beleza usual, acaba causando certas situações
incômodas, e o nosso protagonista chega a ser preso e estuprado. Por fim Bubby se insere em uma banda,
onde tem a liberdade de expressar todas as palavras que tem ouvido desde a conquista de sua autonomia, frases como: “Vai se foder!”; “Eu gosto de suas tetas!”; “Deus eu te
odeio!”, são vangloriadas pelo público fiel da banda, e acabam sendo um reflexo
da sociedade criminosa que Bubby foi inserido e, está tendo que se adaptar.
Gustavo Halfen
Este filme é muito bom, leva a questionamentos culturais e sociais que incomodam e ao mesmo tempo te fazem refletir sobre a realidade da natureza humana!!!!
ResponderExcluirÉ um filme sujo, blasfêmico, incestuoso, porém magnífico!
ResponderExcluirAs vezes eu andava na rua e me lembrava do Bubby e pensava em como ele faria para atravessar uma faixa de pedestre, ou pegar um elevador, ou como se comportaria se tomasse umas cervejas a mais rsrs.
Eu recomendo esse filme uu