terça-feira, 31 de julho de 2012

Mistérios e Paixões (Naked Lunch)


Direção: David Cronenberg
País: Canadá, Reino Unido, Japão
Ano: 1991
Nota: 8,0


Willian Lee (Peter Weller)é um escritor frustrado que trabalha com desinfecção de insetos. Joan (Judy Davis), sua esposa, viciada em injetar e cheirar o veneno de barata, o influencia a provar a substância. Após a primeira viagem com o veneno, Willian se vicia na “droga” e entra em viagens em seu próprio mundo, deixando transparecer sua frustração pela escrita, seu relacionamento com Joan , insetos e conspiração. Sua alucinação o leva a um lugar distante chamado Interzone. Lá ele terá que conviver entre a ficção e a realidade.


Não haveria melhor adaptação para o livro beatnik de William Burroughs. Influenciado pelo movimento da época Burroughs escreveu um livro não linear baseado em suas viagens junkies, sobre sua obsessão por escrever um livro, e sua magoa por assassinar “acidentalmente” sua mulher em uma “brincadeira” à Guilherme Tell; tentando acertar com um tiro, um copo em cima da cabeça de sua esposa.


Cronenberg nos leva a uma viagem experimental onde nada e tudo fazem sentido, onde toda a trama é desfocada em cada entrada de coadjuvantes na estória, confundindo o espectador entre o que é realidade e o que é delírio do personagem. Mesclando a biografia e a obra de Burroughs, o diretor canadense homenageia de forma alucinante o autor beatnik nos passando a sensação de um ensaio literário experimental, lisérgico e inadaptável ao cinema. 

Cartaz minimalista do filme.

Gustavo Halfen

domingo, 29 de julho de 2012

Sete Dias com Marilyn (My Week With Marilyn)


Direção: Simon Curtis
País: Reino Unido, EUA
Ano: 2011
Nota: 8,5


Baseado no livro de Colin Clark, o longa conta os dias do próprio Colin, ainda um desconhecido jovem de 23 anos que consegue o cargo de terceiro assistente de direção do filme O Príncipe Encantado, do diretor Laurence Olivier, onde a estrela principal é Marilyn Monroe. Aos poucos Colin se aproxima de sua diva e os dois passam uma semana vivendo momentos íntimos que para Colin são inesquecíveis.


Ao olhar para a notória capa onde Michelle Willians irá representar o papel da maior estrela feminina de Hollywood, é impossível deixar a desconfiança de lado, assim como não admirar sua ousadia. Porém em sua primeira aparição em Sete Dias Com Marilyn todo o frio da barriga se vai por água a baixo. M. Willians conseguiu captar todos os trejeitos, voz e sorrisos de Monroe; e logo você só enxerga Marilyn.

Imagem do ensaio de Michelle Willians no papel de Marilyn para  a revista QG. 

Acompanhando passo a passo a ascensão de Colin, o espectador se sente como o personagem, que não quer se entregar ao charme da diva californiana, mas lentamente vai se encantando por sua beleza, seu jeito humano, sonhador, experiente e ao mesmo tempo frágil que a atriz consegue passar para as telas. O longa explora a insegurança de Marilyn ao interpretar no cinema inglês, e sua dependência por barbitúricos, e cessa quando as filmagens de O Príncipe Encantando terminam e Colin nunca mais volta a ver sua deusa hollywoodiana.

Comparação de atriz M. Willians no papel de Marilyn e da própria diva do cinema.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Zumbis da Neve (Død Snø)


Direção: Tommy Wirkola
País: Noruega
Ano: 2009
Nota: 5,0


Um grupo de jovens vai passar um fim de semana nas montanhas da Noruega quando descobrem que uma maldição assombra o local desde a 2ª Guerra Mundial. Soldados nazista da época se tornaram zumbis.


O filme enrola de mais em cenas de suspense desnecessárias e quando começa a ficar bom, a alegria dura pouco. Filmes considerados trash normalmente possuem excesso de cenas de sexo, violência e sangue. Zumbis na Neve embora possua lindas atrizes peca na ausência de sexo. As cenas dos zumbis nazistas na neve, junto ao vermelho sangue e a trilha sonora norueguesa deu um toque de originalidade e beleza no filme que poderia ter sido melhor aproveitada.


Porém o filme não perde seu mérito de autenticidade e merece destaque na crítica social da forma de como a nossa sociedade enxerga os nazistas hoje: soldados monstruosos sedentos por morte. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises)


Direção: Christopher Nolan
País: EUA, Reino Unido
Ano: 2012
Nota: 7,0 


Já fazia oitos anos desde que Batman (Christian Bale) assumira a culpa do assassinato do “Cavaleiro Branco” Harvey Dent (Aaron Eckhart), e se mantinha recluso e triste com a morte de sua paixão Rachel. Porém um novo inimigo aparece querendo destruir Gotham: Bane (Tom Hardy) que treinou na Liga das Sombras, assim como Bruce Wayne. Agora o milionário de Gotham volta a usar a máscara do morcego. Porém ainda fora de forma, em seu primeiro encontro com seu inimigo, Batman é derrotado, e a cidade perde seu herói.



Christopher Nolan conseguiu corrigir muitos dos seus erros cometidos nos filmes da sequência; as lutas estão mais convincentes e o roteiro já não peca tanto em cenas previsíveis. Logo quando você se sente seguro em sua poltrona ao ver Batman em ação novamente, o homem morcego decai, deixando o espectador sem ter a quem recorrer. Repleto de idas e vindas, a história prende a atenção e Bane supera Coringa em frieza e agilidade, exceto no final (SPOILER) quando Bane quase chora ao relembrar seu passado.



Embora o filme supere todos da seqüência de Nolan, seu maior erro continua sendo humanizar e tentar adaptar a estória para a atualidade, pois muitas cenas ficam sem sentido; o diretor brinca muito com os personagens que ora são fortes, ora são fracos, ora são frágeis, ora são brutos. Parece que o filme tenta iludir quem está assistindo com cenas de ação muito bem feitas para esquecer das diferentes formas mais simples de resolver os planos de Bane.
SPOILER: na resolução final do filme quando Batman leva a bomba nuclear para o centro do lago, pergunta-se: por que ele não fez isso antes? Se a bomba explodiu em meio ao lago, não deveria haver uma onda gigante que devastaria Gotham de vez?


 27 de julho nos cinemas!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight)


Direção: Christopher Nolan
País: EUA, Reino Unido
Ano: 2008
Nota: 5,0


Agora maduro, o herói sombrio (Christian Bale) de Gotham City terá problemas maiores. Coringa (Heath Ledger) embora não tão caricato e fiel aos quadrinhos como Jack Nicholson em Batman (Tim Burton, 1989) agora é mais real e sinistro. Apaixonado pelo caos ele criará situações inusitadas para ferir o coração de todos os personagens ditos bonzinhos da estória, além de converter alguns para o lado negro da natureza humana.


Embora muito aclamado pelo público e pela crítica, The Dark Knight recheado de boas atuações, personagens complexos e efeitos especiais; não engana, e ao final você se sente um idiota em acreditar em uma estória tão sem sentido e repleta de erros. E verás agora algumas observações relevantes da um fã do Batman criado por Tim Burton.
O que acontece com a voz de Bruce Wayne quando ele põe a máscara, que simplesmente engrossa e fica rouca? Como que ninguém notou que o Hospital de Gotham está recheado de explosivos? Por que Batman apanha de todo mundo, cai de alturas elevadas e quando vai atropelar o Coringa, perde o controle, bate e desmaia? Como Maroni consegue andar tranquilamente depois que Batman quebra suas pernas? Por que a musa de Batman, Rachel, que antes era protagonizada pela meiga Katie Holmes, agora é pela “sem sal” Maggie Gyllenhaal? Agora a pior (CUIDADO SPOILER!): por que Batman consegue bater em todos os policiais da Swat e quando vai lutar com Coringa ele apanha pra três cachorros!?


Filmes de heróis sempre possuem situações insólitas que nos remetem o extraordinário, porém O Cavaleiro das Trevas é nada convincente, e deixa o espectador se sentindo um idiota por ter-se perdido quase duas horas e meia da vida para ver tanta bobagem.

domingo, 22 de julho de 2012

Heleno


Direção: José Henrique Fonseca
País: Brasil
Ano: 2011


Heleno de Freitas foi um jogador de futebol conhecido nos anos 1950 e considerado o jogador mais caro na America Latina na época.
Baseado na vida do jogador, o longa nos remete ao passado pelo preto e branco belíssimo enfatizando o charme da época e de Heleno (Rodrigo Santoro) com uma trilha e um figurino elegante.


Intercalando a fase de glamour do jogador, com sua época de total loucura em uma clínica, o longa nos mostra detalhadamente a inflação do ego de Heleno, seu temperamento explosivo e de difícil relacionamento com seus colegas de campo, seu vicio por éter e o inicio da loucura.


Utilizando breves referências que nos remetem ao cinema noir, o diretor José Henrique Fonseca nos contempla com enquadramento recheados de sutilezas e ao mesmo tempo com uma perplexidade reveladora em cada close do rosto de Rodrigo Santoro.
Um filme charmoso e delicado sobre o delírio do primeiro “craque problema” da estória do futebol brasileiro.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Embriagado de Amor (Punch-Drunk Love)


Direção: Paul Thomas Anderson
País: EUA
Ano: 2002
Nota: 8,0


Barry (Adam Sandler) é um homem solitário, deprimido e inseguro. Sempre pressionado pelas irmãs para se tornar um homem normal ,ele entra em paranóia. Após ligar para um tele-sexo falso, a atendente o suborna e promete acabar com sua vida. Em meio a isso ele conhece Lena e ambos se apaixonam. O homem que vivia nas sombras da insegurança, agora renasce de forma segura e viril.


A primeira uma hora do filme consegue passar todo o vazio da vida de Barry, deixando o espectador melancólico e algumas vezes confuso com o roteiro. Porém, este é um filme de Paul Thomas Anderson. Quando Barry se entrega ao seu amor, sua vida perde todas as limitações impostas antes, e o espectador agora se surpreende, se diverte e vibra com a nova face de Barry que está “Embriagado de Amor”.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Diário de Um Jornalista Bêbado (The Rum Diary)


Direção: Bruce Robinson
País: EUA
Ano: 2011
Nota: 4,0


Hunter Thompson foi um jornalista estadunidense controverso e ousado. Em 1998 uma das aventuras de Thompson em Las Vegas ganhou as telas em Medo e Delírio, protagonizado por Johnny Depp. Agora, baseado no romance auto biográfico do jornalista, The Rum Diary adaptado para o cinema, conta o início de sua carreira indo trabalhar para um jornal em decadência em Porto Rico.



A história gira em torno da inocência de um jornalista sem experiência (Thompson, também protagonizado por J. Depp), se relacionando com seus colegas de trabalho junkys e com a máfia estadunidense da especulação imobiliária da ilha, assim como sua paixão pela esposa de uns dos chefões da máfia.



Embora a estória seja interessante e de valor histórico tanto pela invasão yankee em Porto Rico, como pelo inicio da carreira de Thompson, o filme é sem conteúdo e sem continuidade no roteiro, dando uma sensação de vazio na história. Apesar das boas atuações, Hunter Thompson merecia uma homenagem melhor que a medíocre adaptação ao cinema de seu romance.  

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Os Nomes do Amor (Le Nom des Gens)


Direção: Michel Leclerc
País: França
Ano: 2010
Nota: 8,0


Os Nomes do Amor é uma comédia que consegue misturar amor e política sem “desregular a balança”.
Bahia é uma francesa descendente de argelinos, que possui uma posição política de esquerda. Sendo abusada sexualmente na infância, ela encara o trauma como uma aventura, e utiliza o sexo para converter políticos contrários a sua visão. Arthur, descendentes de judeus perseguidos no passado, seus pais; puritanos, frios e fascinados por tecnologia escondem a história dos seus antepassados, pela vergonha de não serem franceses natos.



Ambos personagens iniciam um relacionamento politicamente incorreto; ela nua deixa Arthur sem jeito, e de forma maliciosa e cômica, ao invés de despi-la, Arthur começa  vesti-la. Os protagonistas iniciam uma odisséia de desconstrução de velhos tabus sociais; racismo, imigração, política e relações familiares são as bases de sustentação do longa. Criticando a mídia que nos lembra constantemente das tragédias passadas, Arthur comenta: “Deveríamos nos lembrar da primeira vez que comemos chantilly e não de nossos pesares”.



Fugindo dos clichês das comédias românticas, Os Nomes do Amor ensina-nos um pouco de história e crítica as convenções sociais falso moralistas com um humor negro sutil e ingênuo.

sábado, 14 de julho de 2012

C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor


Direção: Jean-Marc Vallée
País: Canadá
Ano: 2005
Nota: 8,5


A história de CRAZY é contada pelo protagonista Zac, e começa antes de seu nascimento, como terceiro filho de uma família de cinco. Descrevendo sua vida de forma irônica, com um certo humor negro, tudo começa nos anos 1960, enfatizando a moda, e principalmente a musica com os gostos musicais de Zac que vão mudando com o passar das décadas. Seu pai é o centro das atenções, seu ídolo. Sua crise é sua sexualidade já definida na infância que ele, assim como seu pai não aceitam, causando muitas vezes uma auto punição. A história chega a entrar na década de 1980 com a auto aceitação de Zac.


CRAZY perambula entre o deboche e o sério, entre o pecado e a religião. Utilizando diversas formas de corte e edição, o longa surpreende o tempo todo, mesmo nas cenas que a dramatização vai parecer exagerada, algo inesperado acontece dando a chance de o espectador respirar aliviado, tudo ao som de muito Pink Floyd, Rolling Stones, David Bowie, Patsy Cline, Charles Aznavour entre outros clássicos. 


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Na Estrada (On The Road)


Direção: Walter Salles
País: França, Reino Unido, EUA, Brasil
Ano: 2012
Nota: 6,5


Baseado na biografia homônima do autor beatnik Jack Kerouac, Na Estrada é um marco na cultura pop mundial, que influenciou mitos como Bob Dylan e Jim Morrison. O livro de Kerouac é um diário de suas viagens e encontros com amigos artistas pelos Estados Unidos na década de 1940. Seus relatos, conhecidos como a bíblia beat foram o início de toda uma busca pela liberdade em uma época em que a palavra rock ainda significava rocha. On The Road inaugura assim, o inicio da queda da “cultura do medo” e do conservadorismo em um mundo pós guerra.


A adaptação para o cinema feita por Walter Salles, apesar da boa aparência, peca na falta de estrutura dramática. Em um filme onde os detalhes da sujeira das velhas sandálias surradas e do vidro dos carros que Sal (Jack Kerouac, protagonizado por Sam Riley) pegava carona, nos passam o aspecto da falta de vaidade física dos personagens, é de se esperar então, um engrandecimento humano interior dos mesmos; fato que não acontece.


A superficialidade dos personagens torna o filme vazio. A pouca exploração da mente inquieta de Sal e seus amigos e do uso abusivo de heroína e benzedrina, decepciona àqueles que imaginavam ver nas telas os delírios dos personagens e seus alter egos.
A difícil adaptação aos cinemas dos relatos de Kerouac é tediosa; e carente em onirismo e fantasia.

Estréia nos cinemas dia 13 de julho.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Para Roma Com Amor (To Rome With Love)


Direção: Woody Allen
País: EUA, Itália
Ano: 2012
Nota: 7,5


Para Roma com Amor é uma comédia gostosa e inteligente sem muita pretensão. Wood Allen agora explora o sentimento de culpa dos casais por um prazer proibido, que cruzou com cada um dos personagens na bela capital italiana.


Cinco estórias de casais de certa forma infelizes ou em seus relacionamentos amorosos, ou frustrados com a vida em si, são contemplados com alguns prazeres da vida; dinheiro, fama e sexo são os alicerces das intrigas do longa.
Mantendo a eficiência dos diálogos e ao mesmo tempo criticando a cultura pop o diretor nova-iorquino consegue ser engraçado sem ser chato; característica difícil nas comédias pós contemporâneas.


Sem exageros tanto na auto-análise terapêutica quanto na exploração turística da cidade citada, o longa passeia pelas ruas de Roma nos deixando um ar de um rápido tour, como aqueles turistas sem tempo para ver tudo em passeios pela Europa. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Fale Com Ela (Hable con Ella)


Direção: Pedro Almodóvar
País: Espanha
Ano: 2002
Nota: 9,0


O Jornalista Marco (Dario Grandinetti) se envolve com um a toureira Lydia (Rosaria Flores), após alguns meses Lydia sofre um acidente em uma tourada e entra em coma. No hospital onde Lydia está internada, Marco conhece o enfermeiro Benigno (Javier Cámara) que cuida da bailarina em coma Alicia (Leonor Watling). Benigno é extremamente cuidadoso com a paciente Alicia, e embora tenha um jeito afeminado, não consegue esconder sua paixão obsessiva por Alicia.


Mais uma vez Almodóvar explora situações bizarras ligadas ao sexo de forma dramática e inteligente. Desta vez sem abusar no excesso de cores (característica comum em seus filmes), Almodóvar explora o amor sem a necessidade da fala; homenageando o cinema mudo, ele mostra o amor em forma de imagens; através da música, o diretor explora o lado mais delicado e profundo do cantor e compositor Caetano Veloso em certa cena do longa.

Recheado de reviravoltas, o nome Fale Com Ela não poderia se encaixar tão perfeitamente no tema do filme espanhol.

domingo, 8 de julho de 2012

Réquiem Para Um Sonho (Réquiem for a Dream)


Direção: Darren Aronofsky
País: EUA
Ano: 2000
Nota: 7,5


Réquiem para Um Sonho trata sobre as diferentes formas que as pessoas buscam a felicidade através de sonhos que podem ser alcançados até mesmo através de um comprimido. Sra Goldfard é uma idosa, viúva que possui com um filho ausente em sua vida. Ela se sente sozinha até que recebe um trote (?) dizendo que irá ser entrevistada em seu programa favorito. Isso a deixa excitada e ela começa a tomar remédios para emagrecer. Paralelo a isso, seu filho com a namorada e um amigo começam a vender heroína e se tornam viciados a ponto de se prostituírem para tal.


Embora filme trate de drogas de forma superficial, o tema principal não foge da busca de cada um para atingir seus sonhos e ser feliz.

Um filme como uma montagem incrível e relativamente barata, somando a trilha sonora, são umas das principais assinaturas de D. Aronofsky.

sábado, 7 de julho de 2012

Tolerância Zero (The Believer)


Direção: Henry Bean
País: EUA
Ano: 2001
Nota: 6,0


Danny (Ryan Gosling) é um neonazista típico, cabelo raspado, coturno, suspensório, camiseta com a suástica. Ao contrário de seus colegas, Danny não é um ignorante à sua causa; ele conhece toda história do judaísmo, crenças e rituais. Na primeira cena do filme, Danny espanca um judeu e pede para o mesmo bater nele. Bem sutilmente o diretor Henry Bean mostra certa autopunição nas atitudes anti-semitas do protagonista, que em pouco tempo se revela um judeu nazista.


Baseado em uma história de real de um judeu nazista chamado Danny Burros que ao publicarem uma notícia de sua origem na mídia, ele cometeu suicídio. Porém, a história do personagem principal do filme, vai além e mais dramatizada, ela instiga e deixa o espectador surpreso.
Apesar das grandes atuações e da história original, o longa não foge do clichê dos milhares de filmes de dramas judaicos. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um Método Perigoso (A Dangerous Method)


Direção: David Cronenberg
País: Reino Unido, Alemanha, Canadá
Ano: 2011
Nota: 5,5


Um Método Perigoso mostra-nos os primeiros passos de Jung (Michael Fassbender) ao tentar a cura das pessoas através da psicanálise e seus primeiros contatos com Freud (Viggo Mortensen).
O filme foca mais no início dos testes de psicanálise de Jung com a paciente Sabina (Keira Knightley) e a paixão que ela desperta nele. A idéia em cima da psicanálise é bem superficial e mostra Jung como o aluno inocente e ético e Freud como o vilão da história (para os que pouco entendem de psicologia, sabem que a história não foi bem assim).


Tanto Viggo Mortensen como Michael Fassbender atuam muito bem, é uma pena que K. Knightley represente a personagem de forma tão forçada e não convincente. Em certas cenas, a personagem tem ataques de pânico e se assemelha a um chimpanzé histérico, em tanta outras até mesmo na sua primeira cena de sexo, ao atingir o orgasmo ela nem sequer cora o rosto.


Talvez seja o pior filme dirigido por Cronenberg; estória distorcida, algumas péssimas atuações e cenários de fundo nada convincentes que dispensa comentários.