Direção: Michel Leclerc
País: França
Ano: 2010
Nota: 8,0
Os Nomes do Amor é uma comédia que consegue misturar
amor e política sem “desregular a balança”.
Bahia é uma francesa descendente de argelinos, que
possui uma posição política de esquerda. Sendo abusada sexualmente na infância,
ela encara o trauma como uma aventura, e utiliza o sexo para converter
políticos contrários a sua visão. Arthur, descendentes de judeus perseguidos no
passado, seus pais; puritanos, frios e fascinados por tecnologia escondem a
história dos seus antepassados, pela vergonha de não serem franceses natos.
Ambos personagens iniciam um relacionamento
politicamente incorreto; ela nua deixa Arthur sem jeito, e de forma maliciosa e
cômica, ao invés de despi-la, Arthur começa
vesti-la. Os protagonistas iniciam uma odisséia de desconstrução de
velhos tabus sociais; racismo, imigração, política e relações familiares são as
bases de sustentação do longa. Criticando a mídia que nos lembra constantemente
das tragédias passadas, Arthur comenta: “Deveríamos nos lembrar da primeira vez
que comemos chantilly e não de nossos
pesares”.
Fugindo dos clichês das comédias românticas, Os Nomes
do Amor ensina-nos um pouco de história e crítica as convenções sociais falso
moralistas com um humor negro sutil e ingênuo.
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