Direção: David Cronenberg
País: Canadá, Reino Unido, Japão
Ano: 1991
Nota: 8,0
Willian Lee (Peter Weller)é um escritor frustrado que trabalha com
desinfecção de insetos. Joan (Judy Davis), sua esposa, viciada em injetar e cheirar o veneno
de barata, o influencia a provar a substância. Após a primeira viagem com o
veneno, Willian se vicia na “droga” e entra em viagens em seu próprio mundo,
deixando transparecer sua frustração pela escrita, seu relacionamento com Joan
, insetos e conspiração. Sua alucinação o leva a um lugar distante chamado
Interzone. Lá ele terá que conviver entre a ficção e a realidade.
Não haveria melhor adaptação para o livro beatnik de William Burroughs.
Influenciado pelo movimento da época Burroughs escreveu um livro não linear
baseado em suas viagens junkies,
sobre sua obsessão por escrever um livro, e sua magoa por assassinar
“acidentalmente” sua mulher em uma “brincadeira” à Guilherme Tell; tentando
acertar com um tiro, um copo em cima da cabeça de sua esposa.
Cronenberg nos leva a uma viagem experimental onde
nada e tudo fazem sentido, onde toda a trama é desfocada em cada entrada de
coadjuvantes na estória, confundindo o espectador entre o que é realidade e o
que é delírio do personagem. Mesclando a biografia e a obra de Burroughs, o
diretor canadense homenageia de forma alucinante o autor beatnik nos passando a sensação de um ensaio literário
experimental, lisérgico e inadaptável ao cinema.
Cartaz minimalista do filme.
Gustavo Halfen
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