Direção: James Gunn
País: EUA
Ano: 2010
Frank Darrbo (Rainn Wilson) admira dois momentos de
sua vida: seu casamento e quando ele “dedurou” para a polícia onde um ladrão
estava escondido. Mas hoje seu casamento acabou, e sua esposa Sarah (Liv Tyler)
o trocou por um mafioso local Jacques (Kevin Bacon). Tomado por um sentimento
de ciúme e vingança, Frank decide se tornar um super herói; consultando as
estórias em quadrinho ele monta seu uniforme toscamente e utiliza uma chave de
grifo como arma. A noite ele sai pela rua espancando traficantes e estupradores
se tornando o justiceiro da cidade. Com o tempo a vendedora dos quadrinhos,
Libby (Ellen Page) pede para se juntar ao herói e juntos formam a dupla
dinâmica The Crimson Bolt and Boltie.
Se este filme fosse lançado ente ano (2012), dir-se-ia
que é uma mistura de Good Bless America com Kick-Ass, pois as vítimas do herói
Crimson Bolt são desde pequenos traficantes à furadores de fila nos cinemas
(como em Good Bless America),
o próprio personagem se assemelha ao protagonista de Good Bless... e a
brincadeira com a relação que nós temos com nossos heróis “quadrinistas” soa
igualmente em
Kick-Ass. Porém, Super foi lançado no mesmo ano de Kick-Ass,
deletando uma possível tentativa de plágio.
Em seu terceiro longa James Gunn conhecido pelos
roteiros de Scooby-Doo (Raja Gosnell, 2002) e Madrugada dos Mortos (Zack Snyder,
2004), demonstra criatividade e personalidade e até mesmo um filme que talvez
sem muita pretensão já se tornou referência do sucesso underground de Good Bless
America; lançado no mesmo ano que Kick-Ass, e com a mesma temática, podemos
dizer que Super seria seu irmão, mais precisamente a “ovelha negra”, devido ao
sucesso de Kick-Ass no Brasil.
O filme ainda conta com referências da série de Batman
dos anos 1960 com efeitos coloridos escrito Blam,
Ploc Bum em letra garrafais. Um filme dramático, cômico, crítico e violento
sobre a sociedade estadunidense e a relação que nós temos com nossos heróis.
Gustavo Halfen
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