segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Guerreiro (Warrior)


Direção: Gavin O`Connor
País: EUA
Ano: 2011




Nos últimos anos, esportes de luta como MMA (Múltiplas Artes Marciais) se popularizaram no Brasil e no Mundo e não demorou muito para que a “febre” virasse tema no cinema.


Depois de muitos anos sem ver seu pai, Tommy Conlon (Tom Hardy) decide ir visitá-lo, mas a raiva pelo seu velho, Paddy Conlon (Nick Nolte), por algo acontecido no passado, ainda transborda em seu corpo. E mesmo sem perdoá-lo ele pede para o pai treiná-lo para um grande campeonato de MMA. Paralelo a isso, Brendan Conlon (Joel Edgerton) não consegue pagar suas contas sendo professor de física e com o aviso de despejo, mesmo contra a vontade de sua esposa ele decide voltar a lutar MMA. Os dois irmãos de encontram no campeonato, mas Tommy não esconde a raiva que tem tanto pelo seu pai, como pelo seu irmão e o único objetivo de vencer o torneio é para dar o dinheiro do prêmio à família de um antigo colega do exército com quem serviu no Iraque.


O diretor Gavin O`Connor consegue criar um ambiente dramático mesmo em meio a toda explosão violenta que os filmes com temas de luta possuem. Preocupado com as conseqüências e não com as causas, todo o problema familiar ligando os três personagens soa extremamente complexo; uma mãe vítima de câncer, um pai ausente e alcoólatra, um irmão covarde e fraco (e mala) e o outro forte e indomável. E se por um lado o longa nos tira uma lágrima com o drama familiar, por outro, ele nos tira o fôlego com as cenas de luta no campeonato. Tom Hardy está literalmente um touro indomável, ofegante e violento ele lembra sue papel no filme de Nicolas Refn, Bronson; ninguém consegue segurá-lo no ringue e logo fica claro que ele é quem vai levar título. 

Em contrapartida seu irmão é mais calmo e utiliza da paciência contra seus adversários. Por todo o campeonato é difícil escolher um mocinho na estória e não fugindo dos clichês do gênero, certo momento os irmãos irão se encontrar no ringue e nesse momento Gavin O`Connor nos presenteia com um filme de redenção que até àqueles que não gostam de MMA irão se emocionar.


Gustavo Halfen

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