Direção: Ethan Coen, Joel Coen
País: EUA
Ano: 2007
O impressionante é a perfeição
metódica e o cuidado com os detalhes nos filmes dos irmãos Coen. Até mesmo em
um filme que superficialmente soe extremamente sério, o humor negro da “dupla”
é sempre presente e a desconstrução de velhas estórias é agora o tema principal.
Ao inicio de “Onde os Fracos Não
Têm Vez” já sentimos a ausência da trilha sonora e, planos de fotografias de
ambientes texanos, lembrando muito o inicio do filme de Stanley Kubrick:
Odisséia no Espaço (1968), onde somente silencio e deserto estão presentes; nos
dando o clima e o ambiente onde toda a estória vai passar.
A trama se passa em meados dos
anos 1980 onde Llewelyn Moss (Josh Brolin) encontra uma encruzilhada de um tiroteio
recente e acha uma maleta cheia de dólares e decide levá-la consigo. Porém um
assassino em série está em busca dos dólares e está disposto a matar todos (e
outros) que passarem por seu caminho.
O interessante da estória são os
personagem bem caricatos: o serial killer
Anton Chigurh (Javier Barden) possui um cabelinho nerd muito usado pelos imigrantes ilegais mexicanos dos anos 1960,
sua voz está grossa e robótica e sua presença é bastante enigmática e
assustadora; todas suas vítimas são pessoas aparentemente ingênuas e de bom
coração aumentando ainda mais seu lado negro; o xerife é um homem calmo,
desesperançoso e preguiçoso que tem um colega de polícia extremamente
despreparado e burro. O único personagem mais comum, o qual nos identificamos,
é Llewlyn que é um “fugitivo errante” e desastrado, ao contrário de Anton.
Poster alternativo do filme "Onde Os Fracos Não Tem Vez".
O longa não deixa de ser um
faroeste onde vemos a desconstrução do herói e a formação de um mito, e só quem
conhece o jeito dos irmão Coen de dirigir percebe as piadas ácidas e o deboche
tanto com os costumes estadunidenses sulistas, como com a própria estória em
si.
Gustavo Halfen
Acabei de assistir este filme.Eu gostei do resultado final, mesmo havendo aquela quebra narrativa no suspense, que ao meu ver deveria seguir até o fim da projeção. Talvez o livro seja mais reflexivo e os irmãos Coen queriam finalizar deste modo.
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