Direção: Marcos Prado
País: Brasil
Ano: 2012
Paraísos Artificiais retoma um
tema muito presente na ultima década, principalmente para os jovens de classe
média que moravam próximo ao litoral. Quem nunca ouviu falar da tão esperada
festa Universo Paralello que acontecia (e ainda acontece) no nordeste
brasileiro? Lá todos são iguais, somente com roupa de banho, todos saúdam o
sol, o mar e a juventude; um mundo paralelo recheado de sexo, música eletrônica
e drogas.
Na trama Nando (Lucas Bianchi)
começa a freqüentar festas eletrônicas e usar drogas nas mesmas. Com o tempo
ele passa a trazer para o Brasil ecstasy da
Holanda. Em uma de suas viagens, Nando conhece Érika (Nathalia Dill), DJ
brasileira que toca na Europa, ambos passam por um relacionamento bem intenso,
até que Nando tem que voltar pra casa com a “mercadoria”; na vinda ele é pego
pela policia e condenado a quatro anos de prisão.
Toda a estória envolve também
amigos de Nando e a antiga namorada de Érika: Lara (Lívia de Bueno). Durante o
filme vemos o universo da musica eletrônica retratado de forma bem sincera e
sem julgar o uso abusivo de droga, por exemplo. Os maiores problemas envolvem a
índole dos personagens antes de qualquer coisa, onde a busca por um paraíso
natural é mais que distante. O filme é recheado de lindas imagens e paisagens,
a música e os efeitos da drogas tomadas pelos personagens são bastante
agradáveis aos olhos e ouvidos. A forma como a estória se desenrola é
interessante e curiosa e ficam alguns pontos a se pensar.
O grande erro do filme são as
atuações superficiais e mal dirigidas; os diálogos são descartáveis e a falta
de sinceridade dos personagens prejudicou bastante a obra.
Gustavo Halfen