quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Paraísos Artificiais


Direção: Marcos Prado
País: Brasil
Ano: 2012




Paraísos Artificiais retoma um tema muito presente na ultima década, principalmente para os jovens de classe média que moravam próximo ao litoral. Quem nunca ouviu falar da tão esperada festa Universo Paralello que acontecia (e ainda acontece) no nordeste brasileiro? Lá todos são iguais, somente com roupa de banho, todos saúdam o sol, o mar e a juventude; um mundo paralelo recheado de sexo, música eletrônica e drogas.


Na trama Nando (Lucas Bianchi) começa a freqüentar festas eletrônicas e usar drogas nas mesmas. Com o tempo ele passa a trazer para o Brasil ecstasy da Holanda. Em uma de suas viagens, Nando conhece Érika (Nathalia Dill), DJ brasileira que toca na Europa, ambos passam por um relacionamento bem intenso, até que Nando tem que voltar pra casa com a “mercadoria”; na vinda ele é pego pela policia e condenado a quatro anos de prisão.


Toda a estória envolve também amigos de Nando e a antiga namorada de Érika: Lara (Lívia de Bueno). Durante o filme vemos o universo da musica eletrônica retratado de forma bem sincera e sem julgar o uso abusivo de droga, por exemplo. Os maiores problemas envolvem a índole dos personagens antes de qualquer coisa, onde a busca por um paraíso natural é mais que distante. O filme é recheado de lindas imagens e paisagens, a música e os efeitos da drogas tomadas pelos personagens são bastante agradáveis aos olhos e ouvidos. A forma como a estória se desenrola é interessante e curiosa e ficam alguns pontos a se pensar.
O grande erro do filme são as atuações superficiais e mal dirigidas; os diálogos são descartáveis e a falta de sinceridade dos personagens prejudicou bastante a obra.

Gustavo Halfen

sábado, 22 de setembro de 2012

Ted


Direção: Seth MacFarlane
País: EUA
Ano: 2012




Seth Macfarlane é conhecido por ser criador das animações Family Guy e American Dad. Além de produzir, fazer as vozes e roteirizar suas animações, Seth é considerado pela revista Entertainment Weekly a celebridade mais inteligente da televisão e sendo hoje o roteirista mais bem pago dos EUA. Seus desenhos são conhecidos pelo deboche escrachado e humor negro “agressivo” a respeito de religião e toda a cultura pop estadunidense; fato que o levou ao topo da lista dos homens mais odiados pelos conservadores norte americanos. Este ano (2012) o roteirista lançou seu primeiro longa metragem “não animação” como diretor, intitulado Ted que estreou no Brasil dia 21 de setembro.


Ted conta a estória de John, um garoto (Mark Wahlberg, personagem adulto) com poucos amigos que ganha um ursinho de pelúcia de natal e faz um pedido que tal brinquedo se torne vivo; o desejo é realizado e agora John tem 35 anos e continua levando uma vida de adolescente junto ao seu fiel amigo Ted (interpretado e criado por Seth Macfarlane). Ambos passam o dia usando drogas e assistindo programas oitentistas na TV (homenagem aos ídolos de Seth Macfarlane): Star Wars e Flash Gordon, este último é bastante referenciado durante o longa. A vida desregrada de Ted e John incomoda sua namorada Lori (Mila Kunis, que faz a voz de Meg Griffin no desenho Family Guy), a partir disso John se vê divido entre o amor e amizade.


Em seu primeiro longa, percebemos que Set Macfarlane fez um trabalho sem muita pretensão e o longa é uma espécie de comédia romântica com homenagem a filmes e quadrinhos nerds oitentistas, onde ele usa o ursinho Ted para fazer aquilo que ele melhor sabe fazer: debochar da cultura pop estadunidense. A imagem de Ted é de esperar que seja um ursinho dócil, porém a interpretação de Macfarlane torna-o mal educado, grosseiro, hilário, corrosivo, nonsense e porco.
Aos fãs do trabalho do diretor, o filme com certeza irá agradar, para aquele que procuram apenas uma comédia romântica, podem se sentir incomodados com algumas cenas de agressividade verbal do ursinho Ted.


 Nos cinemas!

Gustavo Halfen


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sucker Punch – Mundo Surreal (Sucker Punch)


Direção: Zack Snyder
País: EUA, Canadá
Ano: 2011




Em 2004 quando Zack Snyder foi convidado para filmar Madrugada dos Mortoso remake de Despertar dos Mortos  (George Romero, 1978), a crítica e a mídia voltaram-se os olhos para este novo e promissor diretor de cinema; que aumentou sou padrão cinematográfico ao ser convidado para dirigir adaptação dos quadrinhos de 300 e Watchmen, que foram grandes produções de sucesso e com um toque de identidade próprio, criando sua assinatura na sétima arte.


Desde a época de gravação de Watchmen (2009), Snyder já trabalhava em uma idéia própria de um projeto cinematográfico escrito e dirigido por ele mesmo. Trabalho que foi consolidado em 2011 e intitulado Sucker Punch.


A estória começa com a morte da mãe, e a morte acidental de sua irmã pela tentativa de abuso do padrasto; Babydoll (Emily Browning) é internada em uma espécie de hospício e sentenciada a lobotomia. Logo a garota órfã cria um universo em sua mente para fugir da triste realidade e tentar escapar do hospício junto as suas novas amigas.


Como um um mix de várias referências cinematográficas e quadrinistas, em uma época pós-tarantino, Sucker Punch se consolida como uma espécie de Kill Bill pós contemporâneo. Utilizando personagens femininos e temas como lobotomia e criação de universo paralelo para a fuga da realidade, em Sucker Punch temos diversas formas de cenários e temas: samurais com metralhadoras, clones robóticos no estilo Star Wars, 2ª Guerra Mundial com zumbis mecânicos, lindas garotas lutando com metralhadoras e espadas, e até mesmo um mestre guru. A homenagem às diversas formas de mídia nos leva a nova forma de cinema: sem limites, onde o vídeo game, o slow motion, o mangás japoneses estão todos costurados em uma ficção megalomaníaca.


Gustavo Halfen

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Jeff e as Armações do Destino (Jeff Who Lives at Home)


Direção: Jay Duplass, Mark Duplass
País: EUA
Ano: 2011





Jeff Who Lives at Home conta a estória de Jeff (Jason Segel), um jovem beirando seus 30 anos, mas que ainda mora com a mãe, se veste como um adolescente, passa o dia fumando maconha e buscando sinais que o levem ao seu destino ainda bastante incerto. O longa compara a situação do protagonista com uma madeira solta na persiana da janela de sua mãe, a qual a dias insiste para o jovem colá-la no lugar, porém Jeff não se encontra disposto a preencher e/ou resolver o pequeno problema.


Já ao inicio do filme ele explica sua obsessão pelo tema do filme Sinais (M. Night Shyamalan, 2002), onde diversos fatos aleatórios se juntam ao final trazendo à tona a resolução dos fatos. Paralelo a estória de Jeff, está seu irmão Pat (Ed Helms), um homem egoísta e arrogante que está com seu casamento prestes a acabar; e sua mãe que passa por uma crise de meia idade.


Com uma idéia de esperança e homenagem ao filme de Shyamalan, “Jeff...” nos traz uma estória simples sobre destino e de certa forma redenção, costurado a uma trilha sonora singela o longa perde pontos somente no excesso de movimento de câmera e zoons que a princípio soam como originalidade, porém, sem justificativa, tornando-se forçados e desnecessários, parecendo mais um amadorismo cinematográfico.

Gustavo Halfen

sábado, 15 de setembro de 2012

Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for a Old Man)


Direção: Ethan Coen, Joel Coen
País: EUA
Ano: 2007




O impressionante é a perfeição metódica e o cuidado com os detalhes nos filmes dos irmãos Coen. Até mesmo em um filme que superficialmente soe extremamente sério, o humor negro da “dupla” é sempre presente e a desconstrução de velhas estórias é agora o tema principal.


Ao inicio de “Onde os Fracos Não Têm Vez” já sentimos a ausência da trilha sonora e, planos de fotografias de ambientes texanos, lembrando muito o inicio do filme de Stanley Kubrick: Odisséia no Espaço (1968), onde somente silencio e deserto estão presentes; nos dando o clima e o ambiente onde toda a estória vai passar.


A trama se passa em meados dos anos 1980 onde Llewelyn Moss (Josh Brolin) encontra uma encruzilhada de um tiroteio recente e acha uma maleta cheia de dólares e decide levá-la consigo. Porém um assassino em série está em busca dos dólares e está disposto a matar todos (e outros) que passarem por seu caminho.


O interessante da estória são os personagem bem caricatos: o serial killer Anton Chigurh (Javier Barden) possui um cabelinho nerd muito usado pelos imigrantes ilegais mexicanos dos anos 1960, sua voz está grossa e robótica e sua presença é bastante enigmática e assustadora; todas suas vítimas são pessoas aparentemente ingênuas e de bom coração aumentando ainda mais seu lado negro; o xerife é um homem calmo, desesperançoso e preguiçoso que tem um colega de polícia extremamente despreparado e burro. O único personagem mais comum, o qual nos identificamos, é Llewlyn que é um “fugitivo errante” e desastrado, ao contrário de Anton.

Poster alternativo do filme "Onde Os Fracos Não Tem Vez".

O longa não deixa de ser um faroeste onde vemos a desconstrução do herói e a formação de um mito, e só quem conhece o jeito dos irmão Coen de dirigir percebe as piadas ácidas e o deboche tanto com os costumes estadunidenses sulistas, como com a própria estória em si.

Gustavo Halfen

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Super


Direção: James Gunn
País: EUA
Ano: 2010



Frank Darrbo (Rainn Wilson) admira dois momentos de sua vida: seu casamento e quando ele “dedurou” para a polícia onde um ladrão estava escondido. Mas hoje seu casamento acabou, e sua esposa Sarah (Liv Tyler) o trocou por um mafioso local Jacques (Kevin Bacon). Tomado por um sentimento de ciúme e vingança, Frank decide se tornar um super herói; consultando as estórias em quadrinho ele monta seu uniforme toscamente e utiliza uma chave de grifo como arma. A noite ele sai pela rua espancando traficantes e estupradores se tornando o justiceiro da cidade. Com o tempo a vendedora dos quadrinhos, Libby (Ellen Page) pede para se juntar ao herói e juntos formam a dupla dinâmica The Crimson Bolt and Boltie.


Se este filme fosse lançado ente ano (2012), dir-se-ia que é uma mistura de Good Bless America com Kick-Ass, pois as vítimas do herói Crimson Bolt são desde pequenos traficantes à furadores de fila nos cinemas (como em Good Bless America), o próprio personagem se assemelha ao protagonista de Good Bless... e a brincadeira com a relação que nós temos com nossos heróis “quadrinistas” soa igualmente em Kick-Ass. Porém, Super foi lançado no mesmo ano de Kick-Ass, deletando uma possível tentativa de plágio.



Em seu terceiro longa James Gunn conhecido pelos roteiros de Scooby-Doo (Raja Gosnell, 2002) e Madrugada dos Mortos (Zack Snyder, 2004), demonstra criatividade e personalidade e até mesmo um filme que talvez sem muita pretensão já se tornou referência do sucesso underground  de Good Bless America; lançado no mesmo ano que Kick-Ass, e com a mesma temática, podemos dizer que Super seria seu irmão, mais precisamente a “ovelha negra”, devido ao sucesso de Kick-Ass no Brasil.


O filme ainda conta com referências da série de Batman dos anos 1960 com efeitos coloridos escrito Blam, Ploc Bum em letra garrafais. Um filme dramático, cômico, crítico e violento sobre a sociedade estadunidense e a relação que nós temos com nossos heróis.

Gustavo Halfen

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Guerreiro (Warrior)


Direção: Gavin O`Connor
País: EUA
Ano: 2011




Nos últimos anos, esportes de luta como MMA (Múltiplas Artes Marciais) se popularizaram no Brasil e no Mundo e não demorou muito para que a “febre” virasse tema no cinema.


Depois de muitos anos sem ver seu pai, Tommy Conlon (Tom Hardy) decide ir visitá-lo, mas a raiva pelo seu velho, Paddy Conlon (Nick Nolte), por algo acontecido no passado, ainda transborda em seu corpo. E mesmo sem perdoá-lo ele pede para o pai treiná-lo para um grande campeonato de MMA. Paralelo a isso, Brendan Conlon (Joel Edgerton) não consegue pagar suas contas sendo professor de física e com o aviso de despejo, mesmo contra a vontade de sua esposa ele decide voltar a lutar MMA. Os dois irmãos de encontram no campeonato, mas Tommy não esconde a raiva que tem tanto pelo seu pai, como pelo seu irmão e o único objetivo de vencer o torneio é para dar o dinheiro do prêmio à família de um antigo colega do exército com quem serviu no Iraque.


O diretor Gavin O`Connor consegue criar um ambiente dramático mesmo em meio a toda explosão violenta que os filmes com temas de luta possuem. Preocupado com as conseqüências e não com as causas, todo o problema familiar ligando os três personagens soa extremamente complexo; uma mãe vítima de câncer, um pai ausente e alcoólatra, um irmão covarde e fraco (e mala) e o outro forte e indomável. E se por um lado o longa nos tira uma lágrima com o drama familiar, por outro, ele nos tira o fôlego com as cenas de luta no campeonato. Tom Hardy está literalmente um touro indomável, ofegante e violento ele lembra sue papel no filme de Nicolas Refn, Bronson; ninguém consegue segurá-lo no ringue e logo fica claro que ele é quem vai levar título. 

Em contrapartida seu irmão é mais calmo e utiliza da paciência contra seus adversários. Por todo o campeonato é difícil escolher um mocinho na estória e não fugindo dos clichês do gênero, certo momento os irmãos irão se encontrar no ringue e nesse momento Gavin O`Connor nos presenteia com um filme de redenção que até àqueles que não gostam de MMA irão se emocionar.


Gustavo Halfen

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Madrugada dos Mortos (Dawn of the Dead)


Direção: Zack Snyder
País: EUA, Canadá, Japão
Ano: 2004




Depois que G. Romero criou o novo arquétipo de zumbis em 1968 com A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead), é difícil pensar em outro filme que não tenha usado seu trabalho como referência. Dez anos depois G. Romero lança uma continuação chamada Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead), onde a epidemia “zumbística” tomou proporções globais e um grupo de pessoas se refugia em um shopping; no longa Romero brinca com o consumismo em uma sociedade apocalíptica, misturando ação e comédia. Até os anos 2000, vários filmes “lado b”, no estilo terror trash foram feitos com o tema “mortos vivos” e, coincidentemente em 2002 duas grandes produções foram lançadas: Resident Evil, uma adaptação do jogo de computador homônimo e Extermínio (28 Days Later), filme de Danny Boyle sobre uma contaminação de um vírus que tomou conta de todo o Reino Unido. Ambos os filmes foram importantes tanto na re-popularização de filmes do gênero, como na criação de um novo estereótipo de zumbis que agora são fortes e rápidos. Com a moda de zumbis tomando conta dos cinéfilos, não demorou para a FOX Filmes encomendar um remake de Despertar dos Mortos e o diretor convidado foi o estreante em longas metragens, Zack Snyder, conhecido no mercado publicitário e videoclipes.


Na trama, Ana (Sarah Polley) é um simpática enfermeira que ao chegar em casa, no aconchego dos braços de seu marido, ambos dormem tranquilamente, quando no amanhecer uma criança vizinha entra no quarto e morde seu marido. A partir daí Ana começa uma fuga dos mortos vivos pela cidade que está tomada por zumbis. As cenas da cidade vistas de cima são impressionantes e mostram acidentes e explosões, dando todo o clima apocalíptico do filme original, que é apoiado com os créditos iniciais com cenas de jornais na TV expondo a destruição e a o caos que a cidade entrou. Tudo isso acompanhado pela ótima trilha sonora. Ana se junta com um grupo ainda não “contaminado” e invadem um shopping para se proteger.


Zack Snyder explora as desavenças do grupo vivendo enclausurado no shopping e brinca com o consumismo, lembrando perfeitamente o filme original que recebeu está refilmagem adaptada para a atualidade satisfazendo os fãs de Romero e do gênero.



Gustavo Halfen

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Reflexos (The Broken)


Direção: Sean Ellis
País: Reino Unido, França
Ano: 2008





Uma das fórmulas do sucesso em longas metragens, é o diretor nos expor uma idéia original que nos dê a impossibilidade de imaginar sua justificativa, assim nos surpreendendo com um desfecho final. The Broken tem uma idéia autêntica, porém seu autor não soube aproveitá-la.


Gina McVey (Lena Headey) é uma médica que dá uma festa de aniversário surpresa para seu pai, chamando seu namorado, irmão e sua cunhada para o evento. Na ocasião um espelho se quebra. Tempo depois ela segue na rua uma mulher idêntica a ela, e descobre que tal mulher misteriosa tem uma casa idêntica a dela. Voltando pra casa um pouco confusa ela sofre um acidente e perde parte da memória de curto prazo. Alucinações e realidade começam a se misturar, seu namorado já não é mais o mesmo e conflitos com seu reflexo nos espelho agora são constantes em seus sonhos.


Em Cashback, o diretor Sean Ellis consegue nos surpreender em seu primeiro longa com uma idéia original onde ele explora todas as técnicas cinematográficas a seu dispor para nos manter presos em um mundo fantasioso. Em Reflexos, migrando agora para o gênero suspense ele nos presenteia com uma idéia legítima, e explora bastante câmera lenta (como em seu filme anterior), além da trilha sonora e sustos no espectador que são característica óbvias no gênero. Porém, a estória é maçante e sem sentido, e seu desfecho final beira o ridículo e nos dá a impressão de que Sean Ellis não sabia como terminar o filme, nos dando a sensação de perda de tempo e desperdício de um ótimo elenco e uma produção tão fina e cuidadosa.



Gustavo Halfen

sábado, 1 de setembro de 2012

Pusher 3: I`m the angel of death


Direção Nicolas Winding Refn
País: Dinamarca
Ano: 2005




Em 1996 Nicolas Winding Refn aos 26 anos, lança seu primeiro longa: Pusher; que ficou conhecido pelo publico undergorund europeu. Com o fracasso de bilheteria do filme Fear X e o publico pedindo uma sequência de Pusher, o diretor se obrigou a fazê-lo.


Em Pusher o protagonista é Frank (Kim Bodnia) um revendedor de drogas; em Pusher II o personagem principal é Tonny (Mads Mikkelsen) um amigo de Frank que no primeiro filme da sequência é espancado pelo próprio Frank. Ambos devem dinheiro ao traficante Milo (Zlatko Buric) que é o protagonista do terceiro filme da série.


A estória de Milo se passa em uma noite onde ele está tentando largar do vicio das drogas e precisa cozinhar pra 45 pessoas no aniversario de sua filha. Ao mesmo tempo ele entrega um pacote de drogas para Mohammed (Ilyas Agac) vender, que não o devolve a tempo e outros vendedores vêm cobrar as dívidas de Milo.


Toda a idéia da trilogia Pusher é em cada filme um dos personagens coadjuvantes no anterior é agora o principal, e acompanha o protagonista que quase nunca sai de cena, tentando resolver seus problemas com o tráfico, envolvendo a família e amigos, mostrando então, um lado mais humano do personagem. As câmeras são levadas na mão e os atores têm total liberdade para andar pelo ambiente que (quase) sempre é real (não montagem de estúdio). E no final as coisas não são totalmente resolvidas, ficando aberto para uma possível continuação.

O diretor Nicolas Refn e o protagonista de Pusher 3, Zlatko Buric.

Nicolas W. Refn deixou sua assinatura na trilogia Pusher, que agora está sendo vista e revista com seu sucesso mundial de Drive, seu primeiro filme rodado e produzido nos EUA.

Gustavo Halfen