Direção: Timur Bekmambetov
País: EUA
Ano: 2012
Adaptações que misturam realidade e ficção, onde fatos
históricos são revelados como pretexto para camuflar e/ou expor algo
sobrenatural sempre me fascinaram. As lendárias estórias que vampiros sempre
existiram a pertenciam a maçonaria e a outras organizações de conspiração, quase
sempre obtiveram sucesso e nos trouxeram um pouco de fantasia na história da
humanidade. Seth Grahame-Smith autor do livro adaptado ao cinema, a pouco tempo
lançou um livro chamado Orgulho e Preconceito e Zumbis que se tornou um dos
mais vendidos dos EUA, onde ele debocha do romance da escritora Jane Austen e
faz uma crítica metafórica a sociedade. Porem no longa roteirizado pelo mesmo
autor, ele exacerba o patriotismo estadunidense e apresenta uma estória mal
contada.
Na trama, Abraham Lincoln (Benjamim Walker) vê sua mãe ser assassinada
por um vampiro e dedica-se a se tornar um caçador destes seres sobrenaturais.
Lincoln cresce e se torna presidente dos EUA e a guerra da sucessão na verdade
é uma luta contra estes seres malignos e pela liberdade dos negros, onde o bem
(EUA) luta contra o mal.
Além de uma estória oportunista de patriotismo chavão,
a forma que a narrativa se desenvolve é péssima, as informações são “vomitadas”
rapidamente e a todo momento novos personagens são inseridos. Os efeitos
especiais são terríveis para um filme de um orçamento de 70 milhões de dólares,
e as cenas de luta são camufladas por cortes excessivos. Nem os atores
conseguem salvar o filme; o protagonista herói estadunidense é um personagem
superficial e sem sal.
Estréia dia 31 de agosto nos cinemas.
Gustavo Halfen