Direção: George Lucas
País: EUA
Ano: 1971
É notável quando a intenção de um diretor
cinematográfico é de entretenimento e quando é de incômodo. A forma como THX
1138 foi filmado utilizando ambientes minimalistas com exageros na cor branca,
vozes robóticas e tranqüilas com intenções cínicas e definições de pessoas e
situações através de números, transparece para o espectador a sensação de uma
frieza escalafobética e de um futuro apocalíptico.
Ao início do longa temos a exibição de um trailer de
um filme sobre um homem que vai para o futuro e vê as maravilhas que a tecnologia
aliada ao homem está fazendo; em seguida iniciam-se cenas de confessionários
onde as pessoas imploram de forma depressiva para aumentarem suas dozes de
remédios pois não conseguem se concentrar, assim as cenas são cortadas pela
metade e vários números e códigos são colocados na tela. Certamente George
Lucas estava nos alertando de não sermos tão esperançosos com o futuro aliado as
máquinas.
Na sociedade futurística criada por G. Lucas as
pessoas vivem no subsolo da terra e são sedadas constantemente para não
possuírem sentimentos, libido sexual e manterem sua concentração quando estão
trabalhando e são observadas e controladas 24 horas por dia. Curiosamente os cidadãos
constroem os robôs que serão depois usados para o controle ditatorial contra os
próprios seres humanos. THX 1138 (Robert Duvall) é o nome de um cidadão comum
vivendo no futuro. Ele mora com LUH 3417 (Maggie McOmie), uma companheira de apartamento
escolhida pelas máquinas aleatoriamente. LUH pára de tomar suas medicações e
intencionalmente começa a dar pílulas placebo para THX. Este percebe sua perda
de concentração no trabalho e começa a questionar o modo de vida dos humanos
nesta sociedade. Logo LUH e THX se apaixonam e decidem abandonar seus trabalhos
e fugir para a crosta terrestre. THX é então acusado de perversão sexual,
evasão farmacológica e transgressão. Separado de LUH ele fará o possível para
burlar o sistema, fugir e encontrar LUH novamente.
É impossível não perceber as referências dos livros
Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) e 1984 (George Orwell), além de um
profecia escatológica, o diretor faz uma crítica atemporal a nossa sociedade
cada vez mais dependente de tecnologia e medicamentos e lentamente mais fria e
controladora. THX 1138 tornou-se uma referência obrigatória até hoje aos filmes
de ficção, notável de Blade Runner á Matrix.
Gustavo Halfen
Massa, Guga! Faz anos que penso em ver esse filme, acho que agora vc me convenceu!!
ResponderExcluirque legal Walkir!
ResponderExcluirVale muito a pena!!
um beijo
Que bom que a indicação valeu a pena, e a ideia de THX por si só é uma grande crítica ao que a sociedade estava e ainda está se tornando, mesmo que inconscientemente.
ResponderExcluirhttp://tocadoscinefilos.net.br/thx-1138-1971/
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