Direção: Vicente Amorim
País: Brasil
Ano: 2012
Após Segunda Guerra Mundial, o Brasil abrigava a maior
colônia de japoneses do mundo. Provindos de um país repleto de diferentes
culturas e grande orgulho nacionalista, os imigrantes nipônicos criaram suas
próprias comunidades no Brasil. Com a notícia da redenção do Japão na guerra, a
comunidade entra em conflito entre si, pois acreditar em tal desgraça é
desonrar o Imperador Japonês. Logo surge uma gangue liderada pelo Coronel
Watanabe impondo suicídio ou assassinato para os ditos desertores da bandeira
oriental.
Takahashi (Tsuyoshi Ihara), ordenado pelo Coronel,
passa a assassinar seus antigos companheiros utilizando uma espada e ao mesmo
vai desconfiando das “verdades” ditas e escritas nos jornais sobre o fim da
guerra. O conflito entre a verdade e a honra; o amor pela bandeira e o amor
pela família se cruzam o tempo todo, pois a família de Takahashi desaprova os
assassinatos.
A distorção em certas imagens na tela nos dá um ar de confusão
que o protagonista está inserido.
Recheado de belas imagens e cores e uma trilha sonora
levemente maçante, Corações Sujos mistura um ar de western com um “quê” de
samurai, em um drama vivido num Brasil conflitante; que além de seu contexto
histórico nos remete a uma maturidade nos temas abordados pelo cinema nacional.
Estréia hoje dia 17 de agosto nos cinemas.
Gustavo Halfen
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