Direção: David Cronenberg
País: Canadá
Max Renn (James Woods) é dono de uma pequena estação
de TV conhecida por passar programas de pornografia barata. Quando ele obtém
acesso a vídeos de pornografia com excesso de violência e mortes, ele percebe
que pode alcançar um novo nicho no mercado. Pesquisando a origem destes vídeos
com a ajuda de Nikki Brand (Deborah Harry), uma jornalista investigativa, ele
descobre que tais vídeos conhecidos por Videodrome possuem uma tecnologia
avançada que causam danos cerebrais no telespectador fazendo-o viciar-se nos
filmes e ser controlado pelos mesmos.
Cronenberg nos mergulha em um mundo onde a realidade e
a alucinação se misturam de forma tão natural, impedindo-nos a definição da
mesma. Embora bizarro, Max Reen entra na trama de forma intensa e séria,
prendendo o espectador neste clássico moderno de terror sci-fi.
O diretor explora a realidade vivida no inicio da
década de 1980 com uma metáfora do poder que a televisão e os outros meios de
comunicação exerciam e exercem no comportamento e tendências da população. Com
cenas de explícito bizarrismo; em uma cicatriz no ventre causada pelo
Videodrome, Max dá a luz ora a uma arma, ora à fita que causa alucinações,
conceituando a produção humana de mecanismos tecnológicos de autodestruição que
vai de armamentos à entretenimentos.
Cartazes alternativos e de outros países.
Gustavo Halfen
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